sábado, 5 de abril de 2008

Começo, meio e fim



Confesso.
Não foi a primeira vista, digo por mim, quanto a você não sei.
A primeira vez naquela noite virei uma boneca, a sua boneca, e você virou o homem dos meus sonhos, com quem eu ficaria, namoraria, noivaria, casaria e teria filhos, seriamos uma família feliz, sem duvidas, você cuidaria de mim (como sempre/desde o começo), e eu de você, e nos das crianças.
Mas não demorou muito e eu fui voltando do transe.
No segundo encontro fomos frios, talvez eu mais com você do que você comigo, mas entenda, eu não podia ser tão acessível (talvez quisesse, não escondo, mas não seria assim), você estava distante de todos, e até do seu melhor amigo, em companhia de uma boa musica (muito boa que curti também, longe de você, enquanto em certos momentos os olhares se cruzavam) e uma “loira”. Não. Não estou te acusando de “traição”, digo “loira” para me referir a uma “lata alcoólica”.
Pois bem, passamos a noite assim. Você chegou tarde e saiu cedo, não nos despedimos você foi, e é triste negar que a esperança ficou.
Você não quis porque simplesmente não quis, porque estava com a cabeça cheia de problemas, porque já existia outra, porque achou que naquela noite eu tinha alguém, me pergunto até hoje!
Passou ano, passaram meses, mas no terceiro mês desde o primeiro encontro nos encontramos novamente.
Dias antes já pensava em como iria ser - já pensava antes, só passei a pensar com mais freqüência, se é que isso fosse possível - tive pesadelos, sonhos, pensamentos bons e ruins.
Mas chegado o dia, pensei, seja o que tiver que ser!
Cheguei primeiro ao local, não te vi você ainda não chegara, o espaço ia enchendo e você nada.
Eu? Ah eu estava mergulhada num mundo de sentimentos, e o nó na garganta de fato existia.
Quando você chegou mantive a calma, olhei pouco, procurei pouco, mas logo o mundo desabou, não chegara sozinho, vinha acompanhado de uma mulher - de aparência nada jovial - meu Deus, isso não é tudo, não acredito. Três filhos!
Nossos olhares se cruzaram, mas não nos cumprimentamos você mudou de lugar, foi se abrigar atrás de um senhor (do qual eu desconheço) talvez para que os olhares não mais se cruzassem.
Fugimos, ou fugiu o tempo todo, mas toda hora chega, passei por você e você me cumprimentou com um lindo conjunto de piscar, sorrir e falar. Ela? Ela estava longe ou distraída nessa hora, por isso falou? Não sei, mas pra mim não importa mais, ou ao menos não deveria.
Isso foi tudo, você com uma nova namorada. Mas entendi você não queria só uma namorada, queria brindes, três filhos.
Sei que nos veremos outras vezes, mas todas serão como a terceira e última.

/Ana Bella Carolina _11/03/2008

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Van disse...

Linkei teu blog lá.
Virei sempre que possível.
;)

Beijucas outras.

Van disse...

Menina, escrevi um monte de coisas e nao sei onde foi parar.... o blogger tem dessas às vezes.
Vou tentar reproduzir tudin:

Ana, querida...

Não se preocupe.
O que tiver que ser seu, lhe virá ter às mãos.
Ou como sabiamente citou Buda:
"Quando se deixa de esperar, têm-se todas as coisas!"

Nunca deixe de acreditar, que é disso que é feita a vida. Sem isso, que sentido teria tudo?

Obrigada pela visita e comentário lá no VAN Filosofia. Venha sempre que quiser, vou adorar!
Sinta-se à vontade.

Beijucas e bem-vinda à blogsfera.
;)